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About Afonso Martins Alvernás, Juiz
Na época medieval marido e mulher são ambos antepassados…no Brasil não, so na Europa…
Afonso Martins é designado como procurador do Concelho. Nos dois anos seguintes, assiste-se à sua permanência nos elencos da cidade, primeiro, como alvazil-geral [do cível] em 1341-13421 e depois, em 1342-1343, de novo como procurador do Concelho.
Neste período cabe-lhe a importante tarefa de representar o Concelho no pleito que a instituição municipal manteve com o bispo de Lisboa sobre a jurisdição das aldeias de Santo António, de Estrada e de Alhandra1822.
Após um ano de ausência, reassume de novo o alvaziado-geral da cidade. Será a sua última presença como oficial concelhio até 1352.
Não queremos com isto dizer que ele se encontraria, por essas alturas, completamente alheado dos assuntos concelhios, tanto mais que existem provas da sua presença na instituição em 1345, quando presencia o traslado de dois documentos sobre problemas jurisdicionais.
Depois da Peste Negra, detecta-se de novo no Concelho a presença Afonso Martins, desta feita em Novembro de 1351, na altura em que o município é novamente ocupado por oficiais nomeados pelo rei1825. Com a consequente normalização das nomeações, será ele um dos oficiais em quem o concelho confia para restabelecer a máquina burocrática, certamente abalada pela crise sócio-demográfica causada pelo surto pestífero de 1348.
Não será por isso de estranhar a sua permanência – diríamos mesmo, porventura, especialização – no alvaziado do crime, cargo que ele desempenha, quase de forma consecutiva, nos anos de 1352-13531826, 1353-13541827 e de 1355-13561828.
Encontrava-se em Lisboa ainda em Julho de 1357. Este facto parece provar que a sua transferência para Coimbra como juiz pelo rei – situada no segundo semestre desse ano ou no primeiro semestre do ano seguinte – deve ser atribuída ao então recentemente entronizado rei D. Pedro. Mais tarde, depois das suas passagens pela cidade mondeguina e pela vila escalabitana, Afonso Martins Alvernaz regressou momentaneamente a Lisboa, onde testemunhou um documento na qualidade de homem-bom do concelho, em Novembro de 13641830. Esta presença tem lugar alguns meses antes da sua nomeação para o alvaziado do crime, no ano camarário seguinte1831. Após novo período de serviço como oficial régio, Afonso Martins regressou uma vez mais aos elencos camarários da cidade, desta feita como alvazil do cível em 1370- 13711832, 1371-13721833 e 1373-13741834. Retornando mais uma vez a Coimbra, entre 1374 e 1376, volta finalmente a Lisboa, no ano seguinte, para ocupar, pela última vez, o alvaziado- geral de Lisboa1835.
Com o início do reinado de D. Pedro, dispomos das primeiras informações sobre o percurso de Afonso Martins Alvernaz I como oficial régio periférico, o qual, ao que tudo indica, tem o seu começo na sua nomeação como juiz pelo rei em Coimbra. De facto, é nessa qualidade que ele prestou testemunho, em finais de 1358, no relativo à disputa entre o concelho de Lisboa e o mosteiro de S. Vicente de Fora sobre o Tojal, dizendo que fora testemunha, nos últimos vinte anos, da presença municipal nessa aldeia.
Permanenceu em Coimbra até 13601837, antes de ser transferido para Santarém, onde passou a desempenhar idênticas funções, como se atesta por pergaminhos datados do ano de 13621838.
Afonso Martins ficaria assim mais próximo da Casa do Cível, da qual fez parte como sobrejuiz, entre 1362 e 13661839, à semelhança de seu irmão, Martim Alvernaz (veja-se a biografia n. 205).
Os anos seguintes foram passados entre os alvaziados concelhios em Lisboa e o julgado do rei em Coimbra, este último cargo atestado em 1368, e no período entre 1374 e 1376. Teria igualmente prosseguido uma carreira de magistrado superior como ouvidor de D. Fernando1842. Posteriormente, desempenhou ainda o cargo de corregedor em Entre-Douro-e-Minho, cargo esse ocupado aquando da morte do monarca..
O final da sua carreira defuncionário régio teria coincidido, assim, com o seu posicionamento do lado castelhano durante a crise de 1383-1385, facto que levou ao confisco de todos os seus bens móveis e de raíz.
Referido como vassalo do rei, vizinho e morador de Lisboa.. Foi proprietário de casas em Lisboa provavelmente aquelas situadas na freguesia de S. João da Praça, onde o seu irmão era igualmente proprietário.
Apesar disso, outras informações indicam- no como morador em umas casas erguidas na rua das Mudas, na freguesia mais mercantil de S. Nicolau onde chegou a despachar assuntos do seu alvaziado.
Fora da cidade, dispunha de bens em Vale de Donas, uma parte de uma herdade de Marvila, que lhe coubera em partilhas de Moussem Rodrigues, uma casa com currais e três courelas de herdade de pão em Alcântara; bens em «A de Sere?»1855 e em Valverde1856. Por último, foi provavelmente ele o detentor da quintã dos Calvos, a qual fora de um copeiro de D. Afonso IV.
A sua casa era composta por vários criados, entre os quais Martim Afonso, Lourenço Fernandes, os alfaiates João Martins e João Gonçalves e o tanoeiro Vicente Bartolomeu. Foram igualmente seus homens Martim Eanes,, Garcia Gonçalves,, Gonçalo Eanes e Afonso Alvernaz.
Casado com uma neta do cónego de Lisboa João Vicente, numa data anterior à Peste Negra. Encontrava-se de novo ligado pelos laços do matrimónio, entre 1357 e 1384, desta feita com Inês Afonso, a qual foi testamenteira de sua cunhada Beatriz Martins.
Os seus três filhos, João Afonso, Diogo Afonso e Constança Afonso Alvernaz prosseguiram, cada um à sua maneira, a inserção familiar nas instituições de poder concelhio e régio. Presentes na defesa de Lisboa, em 1384 aquando do cerco da cidade pelas tropas de D. Juan I, o primeiro destacou-se pela sua condição de oligarca (veja-se a biografia n. 120), enquanto o segundo foi sobretudo conhecido como oficial régio.
Filhos:
Diogo Afonso Alvernas,
Afonso Martins Alvernas,
João Afonso Alvernas,
Constança Martins (nascida Afonso Alvernas)
Afonso Martins Alvernás, Juiz's Timeline
1340 |
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1384 |
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Age 44
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1387 |
1387
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Lisboa, Lisboa, Portugal
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