Inácio Xavier da Silva

Inácio Xavier da Silva foi o segundo membro da Cadeira 7 da Academia Goiana de Letras. Ele escreveu, entre outros, O Crime do Coronel Leitão: Sedição na Comarca de Boa Vista do Tocantins, do Estado de Goiás, 1892-1895, Da Velha Goiás e de Cuiabá e Vida e Obra de um Grande Mestre: Professor Francisco Ferreira dos Santos Azevedo.

Inácio graduou-se em Direito e exerceu importantes cargos na área federal. O Ministro Iberê Gilson, do Tribunal de Contas da União, afirmou que: guardará sempre viva a lembrança de sua pessoa; sua atuação e seu amor pelo Tribunal serão para sempre lembrados. Voto do Ministro Pereira Lira, aprovado unanimemente pelo Tribunal elogiou o Sr. Diretor, Inácio Xavier da Silva, em face dos excepcionais serviços prestados com dedicação e sacrifícios ilimitados, no planejamento, no Rio de Janeiro e em Brasília, e na execução, aceleramento e fiscalização dos trabalhos no edifício sede do Tribunal de Contas, quando da sua inauguração.

A exemplo da dedicação ao TCU, Inácio Xavier da Silva respondeu com inexcedível zelo por todas as missões de que se incumbiu. O ex-governador de Goiás, Jerônymo Coimbra Bueno, não assinava documentos se eles não tivessem passado pelas mãos de Inácio Xavier da Silva – que foi seu Secretário de Governo. Este homem de conduta tão confiável deixou um legado de bons serviços à cultura e ao setor público, ao direito e às causas humanitárias, tendo participado ainda de importantes iniciativas. Foi ele, por exemplo, um dos fundadores da Associação Goiana de Imprensa, tendo sido também presidente da entidade.

Foi um dos fundadores do jornal estudantil O Estudante, do Lyceu Vilaboense. Posteriormente, com Jaime Câmara e Joaquim de Carvalho Ferreira, fundaria o jornal A Razão. Em 1935, publica O Crime do Coronel Leitão. Pioneiro em Goiânia, mudou-se para a nova Capital assim que o governo foi para ela transferido, em 1937. Além disso, foi um dos fundadores de O Acadêmico, do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito de Goiás, hoje unidade de Universidade Federal. Foi orador de sua turma. Anos antes batalhou pela equiparação da faculdade aos institutos federais do Brasil.

Depois de ter exercido o cargo de Secretário do Governo na administração Coimbra Bueno, tornou-se advogado do antigo IPASE, o Instituto Previdenciário dos Servidores Federais e, em 1951, no Tribunal de Contas da União. Foi ainda Assessor Técnico do MEC. Um ano antes de sua morte, publicaria importante obra para a cultura de Goiás : Vida e Obra de um Grande Mestre – Professor Francisco Ferreira dos Santos Azevedo.

FONTE: Usina das Letras; Discurso de Hélio Rocha